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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Promessas de Dilma revelam-se ficção

Senadores do PSDB avaliam 100 dias de governo

Brasília (12) – O senador Alvaro Dias (PR) definiu a administração Dilma Rousseff de “surrealista”, ao fazer um balanço dos cem primeiros dias do novo governo. Segundo o líder do PSDB no Senado, montou-se um cenário ficcional na campanha eleitoral que agora revela-se  uma obra de ficção. “É preciso escrever a história com os números da realidade. Não podemos admitir que a versão propagada seja a da ficção. Existem dificuldades a serem superadas com a eficiência de gestão que faltou nesse começo”, declarou.
Na opinião do senador, em discurso no plenário do Senado, “a estrutura do seu ministério opaco é a consagração do continuísmo, em que a competência não é ponto forte.” Dias destacou a incapacidade da presidente de formular, nos primeiros 100 dias, um projeto focado no desenvolvimento. O senador afirmou ainda, que a petista é herdeira dos erros do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por esse motivo, Dilma não tem condições de enfrentar com transparência a verdadeira herança maldita: o descontrole dos gastos públicos.
“Em vez dos comícios públicos diários, da inauguração de obras inacabadas, de lançamento de projetos ilusórios, o seu governo vem cultivando o mutismo, não por respeito à liturgia presidencial, mas para evitar confronto com o antecessor”, criticou.
O senador criticou ainda números do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”. Incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o projeto perdeu R$ 5,1 bilhões dos R$ 12,7 disponíveis para 2011, ao contrário do que havia prometido a Presidente. “O programa acumula fracassos seguidos. Por falta de recursos, nenhum projeto dirigido para famílias que recebem até três salários mínimos foi assinado com a Caixa Econômica Federal este ano”, condenou.
Dias também reprovou a suspensão dos concursos públicos, o aumento dos gastos com cartões corporativos nos primeiros meses do ano, a intervenção do governo na Vale, segunda maior mineradora do mundo, e a falta de fiscalização e transparência na aplicação e transferência de recursos federais nas áreas de saúde e educação.
Decepção
Já o senador Aloysio Nunes (SP) classificou de “decepcionante” o governo Dilma. “Passados três meses, nem uma linha, orientação ou um ponto de vista sobre a reforma política. Nada”. Acrescentando que a Presidente anunciou ao Congresso Nacional a intenção de apresentar a reforma tributária. “Até agora não chegou ao Congresso nenhuma ínfima fatia desse estudo”, observou.
O Governo Dilma, lembrou o Senador, só se dirigiu ao Congresso para retirar a sua prerrogativa de debater o salário mínimo e para enviar medidas provisórias, a exemplo do que autoriza mais um empréstimo do BNDEs para grandes empresários privados, desta vez para os que vão participar do consórcio do trem-bala. “Enquanto isso, os leilões são sucessivamente adiados, um atrás do outro”, criticou.
Quanto à inflação, Nunes situou que Rousseff garantiu que não permitiria a sua volta “em hipótese alguma”, enquanto a inflação aproxima-se do teto da 6,5% para os próximos doze meses. “No combate à inflação, o Governo está perdido como barata tonta. Lamento fazer essa constatação, mas tenho receio de que a presidente esteja desperdiçando capital político. Ela traz consigo a responsabilidade de quem venceu uma eleição disputada e renhida. E a inflação é o caminho certo para o esvaziamento político de um governo, que precisa adotar medidas duras e difíceis para reverter os problemas angustiantes e urgentes que o povo brasileiro enfrenta”.
 Fonte: Agência Tucaca com Assessoria da Liderança do PSDB no Senado – Foto: Paula Sholl

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