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quarta-feira, 20 de abril de 2011

BC deixa dúvidas sobre inflação e ajuste fiscal

Em depoimento no Senado, presidente do BC não responde questões de senadores do PSDB

Brasília (23) – Os senadores Cyro Miranda (GO) e Aloysio Nunes Ferreira (SP) fizeram perguntas objetivas sobre inflação e ajuste fiscal que ficaram sem resposta do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. O chefe da autoridade monetária participou de audiência pública nesta terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
O parlamentar por Goiás perguntou como o BC fará para conter a escalada da inflação nos próximos doze meses. Tombini pediu para o tucano “um pouco de paciência”, acrescentando que vai disponibilizar por escrito alguns esclarecimentos referentes ao assunto.
Aloysio Nunes, por sua vez, questionou como o governo Dilma fará o ajuste fiscal de R$ 50 bilhões se apresentou resultados tão frustrantes no superávit de fevereiro – R$ 14 bilhões, segundo o jornal “Folha de São Paulo” – com o agravante de que promoveu alta nos juros,  um componente a mais para o aumento da inflação e a deterioração da situação fiscal do Brasil.  O tucano por São Paulo questionou ainda quanto custa manter o nível de reserva atuais, considerando que enquanto o governo fala em R$ 27 bilhões de custo, instituições privadas como o Bradesco afirmam que esse custo é de R$ 46 bilhões.
“Como explicar essa discrepância?”, perguntou. Aloysio também indagou por que em dezembro de 2010 houve queda de R$ 116 bilhões das operações compromissadas do Banco Central e em janeiro ocorreu um aumento exatamente igual. Operações compromissadas são aquelas em que o BC vende títulos de sua carteira com o compromisso de revenda assumido pelo comprador.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Liderança do PSDB no Senado

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