O senador Mário Couto (PSDB-PA) disse nesta quarta-feira (17) que, da tribuna do Senado, tem procurado mostrar as dificuldades que o estado do Pará enfrenta, como a violência. Ele disse que os bandidos tomaram conta do estado.
- A bandidagem não está só nas ruas. A bandidagem, no Pará, também está dentro dos gabinetes - afirmou.
Mário Couto lembrou denúncia que fez há cerca de seis meses sobre as estatísticas de assassinatos no Pará. Na época, ele revelou que as mortes diárias por arma de fogo chegavam a três. Hoje, assinalou, são cinco assassinatos a bala por dia e nos finais de semana o total se eleva a 16.
O senador citou o caso do senador José Nery (PSOL-PA), que foi assaltado quando pernoitava em Belém por um grupo de assaltantes que tomou o hotel. Nery foi preso no almoxarifado junto com funcionários e os outros hóspedes.
- Onde tem violência maior que essa, meu Deus?! E esses criminosos estão presos? Não! Ninguém está preso - lamentou.
Corrupção - O senador também denunciou o pagamento de R$ 150 mil para a empresa Fênix, pela construção da escola Yolanda Martins. Segundo ele, foi "um roubo assinado", pois a obra foi feita sem licitação e a justificativa dada pela consultora jurídica da Secretaria de Educação do Estado do Pará, foi a de que houve comprovação da relação jurídica verbal e mandou pagar.
Ele mostrou um exemplar do jornal Correio Braziliense desta quarta-feira (17), que denuncia outro contrato feito sem licitação pelo governo do Pará, no valor R$ 106 milhões. O senador revelou que o contrato é para controlar os gases poluentes que saem das descargas dos carros. Ele disse que o roubo, a corrupção, a violência e pessoas sem hospital já se tornaram rotina no Pará.
O senador ainda lembrou o caso da menina de 12 anos presa numa delegacia junto com vários adultos e a morte, em dois meses, de 208 bebês na Santa Casa de Misericórdia do Pará, sem que nenhum inquérito fosse aberto para apurar a responsabilidade do governo.
- Assassinos! Mataram os bebês da Santa Casa de Misericórdia! Se esse país fosse sério, a governadora Ana Julia Carepa estaria na cadeia, presa e incomunicável. E se fosse num país mais rígido, sem água e sem comida, para ela sentir na carne o quanto dói matar 208 bebês - concluiu.
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